Maria Preta - Solo Fértil é um obra teatral autoetnográfica e documental, que evoca as memórias afetivas de Jucimara Canteiro e sua trajetória com sua família na cidade de Santos, litoral de São Paulo.

Jucimara narra em seu resgate de memórias a história de sua avó Antônia Bruno da Silva, mais conhecida como Maria Preta, uma das fundadoras da Vila Progresso, uma comunidade localizada na periferia de Santos, litoral de São Paulo. Dona Maria Preta não recebe reconhecimento no próprio território que ajudou a construir até hoje, mas por meio do teatro forja-se uma nova realidade para esta história.

O chão de terra que desenha o espaço cênico do espetáculo remete ao quintal da casa de Jucimara e sua família, e busca enfatizar a discussão em torno do direito ao território, ao solo e à moradia, um direito constitucional frequentemente negado a famílias em todo o Brasil, especialmente às famílias de pessoas pretas, como aquela cuja história é contada nesta montagem.

O espetáculo foi o vencedor da Convocatória 2023 do iBT na modalidade Adulto Inédito. A Convocatória 2023 do iBT é uma iniciativa que visa fomentar a produção teatral na Região Metropolitana de São Paulo de forma descentralizada, contribuindo para a formação democrática de público em espetáculos teatrais, valorizando a arte e a diversidade dos(as) profissionais.

O espetáculo “Maria Preta - Solo Fértil” é o alinhavo de três gerações de mulheres pretas da mesma família. Por meio da voz do teatro, e pelo direito ao sensível, toda a comunhão, benquerença e desafios partilhados por avó, mãe e filha são narrados em dois territórios de origem sagrada: o terreiro e o terreno - lugares onde a memória se revela como força-motriz de acontecimentos e passagens do corpo familiar e social. Honrar Dona Maria Preta nos palcos é o traçado de uma significação possível e aproximada da ideia de ancestralidade no Brasil. A ancestralidade está ao alcance das mãos: reside em nossas mães, avós, tias, mulheres que com a forja do próprio resistir produzem os símbolos da liberdade comunitária em um país que a um só tempo é ruína e futuro.

Duração: 90 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

Interpretação em Libras e audiodescrição aos domingos

ELENCO

Jucimara Canteiro e Anderson Sales

DIREÇÃO CÊNICA E MUSICAL

Luciano Mendes de Jesus

DRAMATURGIA

Jucimara Canteiro e Paloma Franca Amorim 

ORIENTAÇÃO DE DRAMATURGIA

Ave Terrena

CENOGRAFIA

Jonatha Ferreira e Jucimara Canteiro

FIGURINO

Patricia Santos

CONCEPÇÃO DE LUZ

Fe Menino, Lemuris e Dida Genofre

MONTAGEM E OPERAÇÃO DE LUZ

Lemuris e Dida Genofre

ORIENTAÇÃO DE CORPO E MOVIMENTO

Janette Santiago

CONTRARREGRA

Lucas de Souza Leandro

CRIAÇÃO DE VIDEOMAPPING E CAPTAÇÃO DE IMAGENS

Fagner Lourenço

CINEGRAFISTA DE VIDEOMAPPING

Paola Hernandes

OPERAÇÃO DE VIDEOMAPPING

Maffe

FONOAUDIOLOGIA

LABVOZ: Lívia Cubayachi e Glaucia Verena

ORIENTAÇÃO DE PÚBLICO

João Carlos Pinto

COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO

Luiz Fernando Ferreira

PROJETO GRÁFICO

João Paulo Botelho

DESIGNER

Lusca

MÍDIAS SOCIAIS

Amanda Gomes

FOTÓGRAFO (DIVULGAÇÃO)

Oliver Tibeau

FOTÓGRAFOS (CENA)

Duda Viana e Gui Radeff

DIREÇÃO DO TEASER

Oliver Tibeau

EDIÇÃO DO TEASER

Iago Augusto

SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO

Martina SönKsen

PRODUÇÃO EXECUTIVA

Rafael Aguiar

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO

Ketelyn Scrittori

REALIZAÇÃO E COPRODUÇÃO

IBT — Instituto Brasileiro de Teatro

Fundado em 2022, o Instituto Brasileiro de Teatro é uma organização sem fins lucrativos que visa gerar uma conexão entre a iniciativa privada, as produções teatrais e o público. Com o objetivo de popularizar o teatro no Brasil, o iBT quer levar o teatro a quem não teria acesso a ele, e a quem teria, garantindo acesso universal por meio de ingressos gratuitos ou a preços acessíveis.

O instituto também apresenta uma série de ações voltadas à classe teatral, propondo uma governança que acelera a profissionalização de grupos e artistas, atuando desde a capacitação até no auxílio de realização de espetáculos, incluindo captação de investimentos do setor privado.

Afinal, água e teatro não se negam a ninguém.

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